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quinta-feira, 15 de novembro de 2012


Celacanto: A controvérsia dos evolucionistas




Por Gleubert de Freitas
Voluntário da ONG Orla Viva Maranhão
Graduando de Ciências Biológicas-UFMA


Recentemente o globo repórter (programa semanal da rede globo) fez uma excelente reportagem explorando os mistérios do canal de Moçambique na África. Um verdadeiro passeio pelos mistérios escondidos nas savanas e mares das ilhas que se desgarraram da África. Animais gigantes da vida selvagem, como elefantes, leões, girafas, zebras, tubarões e outras várias criaturas com menos expressividade em relação ao tamanho, mas que são de uma simplicidade e ao mesmo tempo de uma complexidade inenarrável.
Mas o que realmente marcou a reportagem, foi um certo “peixe-dinossauro”, também conhecido como celacanto. Esse peixe possui características bem marcantes como a presença de barbatanas peitorais e pélvicas, em que as bases assemelham-se a membros de vertebrados terrestres. Antes de 1938 estes peixes só eram conhecidos através de registro fóssil, sendo que vários cientistas diziam que  os celacantos haviam sido extintos  há mais ou menos 65 milhões de anos.                   


Gravura de livro do século passado demonstrando celacantos "adquirindo pernas". Um modo à posteriori de ver a evolução.


Como, até então, não se tinha nenhum exemplar vivo, abriu-se espaço para hipóteses em que alguns evolucionistas explicavam que o peixe era um tipo de transição entrea vida aquática e a vida terrestre.  A hipótese chegou até os livros didáticos que exibiam gravuras que mostravam o celacanto adquirindo patas no lugar das nadadeiras. Mas, em dezembro de 1938, Marjorie Courtenay-Latimer, que era curadora do East London Natural History Museum, juntamente com outros colaboradores, descobriram, no litoral da África do Sul, algo impressionate: um celacanto vivo. Marjorie Courtenay-Latimer havia construído boas relações com os pescadores locais, e, interessada em colecionar peixes para seu museu,  sempre estava presente no porto quando os barcos voltavam da pescaria. E, entre os peixes pescados pelo Capitão Hendrick Goosen, no pesqueiro Nerine, ela notou um peixe peculiar, já tendo a certeza que era o celacanto. O capitão lhe informou que o havia pescado perto de Chalumna River, no Oceano Índico. Foi difícil manter o peixe em boas condições devido à falta de equipamento adequado. Ao ver a carta e o desenho de Marjorie, o Professor J.L.B. Smith, do Rhodes University, Grahamstown, ficou surpreendido ao reconhecer no desenho um celacanto, porque era sabido que estes animais havias sido extintos e listados apenas como fósseis.
Desenho feito em 1938 retratando as características do celacanto capturado.


 Na época este achado foi considerado por muitos a descoberta do século. No entanto, o celacanto achado por Courtenay-Latimer era diferente dos celacantos antes conhecidos, pois os celacantos fossilizados conhecidos na época eram de outra família, em sua maioria Coelacanthidae, que foram extintos há 100 milhões de anos, e são significantemente diferentes do que foi encontrado vivo. O celacanto pescado em 1938 é o Latimeria chalumnae, da família Latimeriidae. Os dois peixes não são iguais, também não sendo da mesma espécie, do mesmo gênero, e nem da mesma família. São diferentes no tamanho, cabeças, espinhas dorsais, barbatanas, órgãos internos, entre outras características. A grande história dos celacantos nos ensina como formas corporais bem sucedidas podem ser mantidas durante muitos e muitos anos, mas é preciso termos cuidado ao realizar comparações entre seres similares, mas, ao mesmo tempo, distintos.

 1: Diferenças entre o celacanto vivo (Latimeria Chalumnae, no topo, com 1,8m de comprimento) e o fóssil de 100 milhões de anos (Macropoma lewesiensis, abaixo, com 56cm)