Por: Rodrigo Pimenta
Voluntário do Orla
Viva - MA
Graduando no curso de
Ciências Biológicas-UFMA
As algas são organismos
autótrofos/fotossintetizantes que se diferem das plantas por não formarem
tecidos ou órgãos ordenados, ou seja, são desprovidos de caule, raízes, folhas,
flores e frutos. São seres avasculares, não possuindo mecanismos específicos de
transporte e circulação de fluidos como ocorrem em plantas mais evoluídas.
Podem ser uni ou pluricelulares, reunindo desde formas microscópicas até
organismos de grande porte que lembram plantas.
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KELP (Phaeophyceae) |
Esses organismos atuam nos processos de
concentração de diversas substâncias por captação metabólica, transformação,
armazenamento e liberação, sendo que o balanço entre seus processos primordiais
(fotossíntese e respiração) é responsável pelo equilíbrio em ambientes
aquáticos. Por esses motivos também podem ser considerados como bons indicadores
ambientais.
Atualmente estudos estão sendo feitos
utilizando-se o cultivo de algas para o tratamento de águas residuais de
processos industriais, limpeza de efluentes, remoção de compostos tóxicos e de
metais pesados. Essas técnicas referem-se à Biorremediação, processo de
estabilização e degradação dos materiais poluentes por meio do metabolismo de
organismos vivos.
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Cultivo de micro algas |
Os habitats aquáticos constantemente são
agredidos pela ação do homem, causando desastres ambientais como a liberação de
petróleo no mar, esgotos despejados em locais inapropriados e contaminação de
lençóis freáticos. Pois todos esses acidentes podem ter seus danos reduzidos
graças às técnicas de biorremediação.
O tratamento utilizado é o In-Situ, realizado no próprio local,
através da bioaumentação e bioestimulação. A bioaumentação consiste na
introdução de organismos naturais (microalgas) em um ambiente onde elas não
estejam presentes para a incrementação
da degradação dos compostos poluentes, melhorando a qualidade da água. Claro
que a introdução desses organismos em ambientes diferentes só é feita após um
extenso estudo sobre a área. A bioestimulação é a técnica mais utilizada e se
vale da utilização da macro e microbiota já existente, que passa a ter o seu
crescimento estimulado pela adição de nutrientes na área. Com o aumento desses
organismos, crescem também as taxas de biodegradação.
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Microalgas (Chlorophyta) |
Os estudos envolvendo biorremediação chamam
a atenção para seu potencial nos processos de limpeza “pura” e sem maiores
danos ao ambiente. O seu uso, além de menos dispendioso, procura recuperar áreas
contaminadas com os recursos encontrados no próprio meio, com a microbiota ao
redor. As algas, que já acumulam compostos naturalmente, ao serem estimuladas,
promovem uma rápida recuperação de habitats agredidos e os subprodutos
resultantes d processo, na maioria dos casos, podem ser eliminados com
facilidade.
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